GR�CIA

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"Na Grécia fiquei tão fascinada com o sol, após longos meses de inverno europeu, que acabei com queimaduras seriíssimas pelo corpo todo. Estava rumando para o norte do país, a caminho da Turquia, quando uma turca me catou pelo braço no meio da rua e mandou que eu a acompanhasse. Era um tipo grandona e mandona. Eu fui. Chegando na sua casa, mostrou-me seus filhos, o marido, levou-me para o quarto do casal e mandou que eu tirasse minhas roupas. Tirei. Ela então me besuntou toda com iogurte de cabra, me colocou na cama para dormir e fechou a porta. Acordei no dia seguinte curada, com a pele novinha. Tomei café, agradeci sem palavras e segui viagem. Nunca mais encontrei minha benfeitora."
"Na ilha de Faros, conheci um grego, dono de um restaurante. Ele chamou várias pessoas que tinha conhecido na rua para um grande jantar. Cozinhava como um príncipe, o danado… Graças a ele, pude comer a melhor lagosta da minha vida. E tomamos vinho com o ouzo, uma aguardente típica do lugar. O ouzo foi subindo e, lá pelas tantas da noite, o sujeito começou a ficar muito bêbado e a quebrar todos os pratos e copos do restaurante, como manda a tradição. Mas aquilo ficou estranho e passou das medidas. Ele se deu conta de que iria ter de cobrar pelo gasto, com o qual não poderia arcar, na realidade. Percebi o que estava rolando, olhei em volta e saí correndo. Nunca mais vi o grego."