EUA

Momentos: 01 | 02 | 03 |

foto_2 foto_2
  • Programa Manhattan Connection.
  • Com Pedro Andrade e Lucas Mendes na casa de shows Bowery Ballroom, em Nova York
  • Bowery Ballroom, show do Hot Sardines, melhor grupo de jazz.
  • Bowery Ballroom, show do Hot Sardines, melhor grupo de jazz.
  • Bowery Ballroom, show do Hot Sardines, melhor grupo de jazz.
  • Na balsa para o Brooklyn.
  • Na balsa para o Brooklyn.
  • Jd Botânico do Brooklyn.
  • Jd Botânico do Brooklyn.
  • Museu do Brooklyn, esculturas Auguste Rodin.
  • Jd Botânico do Brooklyn.
  • Rooftop, cobertura do Metropolitan.
  • Piscina do Lincoln Center.
  • Com as meninas Bianca Gayoso e Carolina e Marcia Braga, no show Bono Vox.
  • Com Françoise Gilot no restaurante do Chef Daniel Boulud, em Nova York
  • Com Renzo Gracie na academia da Rua 30.
  • Tirando onda.
  • Matando a pau.
  • Museu/Monastério, nos jardins do Cloisters, com Pedro Andrade. É um ramo do Metropolitan no Harlem.
  • Exposição Doris Salcedo, Guggenheim Museum.
  • Doosan Gallery, no Chelsea. Mostra do artista coreano Jung Uk Yang's.
  • Mural Kobra 25th and 10th Ave
  • Mural Kobra 25th and 10th Ave
  • Mural Kobra 25th and 10th Ave
  • Riverdale Stables. Treinamento de dressage para cavalos, Bronx, Nova York.
  • Nova York é uma ilha mas não para de crescer.
  • Entrada do New Museum, em Nova York.
  • Flea Market 25th St and 6th Ave.
  • Com Sig Bergamim no Bar Pitti. Nova York.
  • Com Murilo Lomas e Sig Bergamim no Bar Pitti. Nova York.
  • Waverly Inn com Francisco Costa. Nova York.

No verão de 2015 – verão de lá - passei 3 meses em Nova York a fim de observar, armazenar, aprender. Meses sabáticos pensei. Mas foram preenchidos de tanto conhecimento que ao final precisei de férias. Enquanto frequentava cursos na Universidade de NY, e experimentava toda novidade de que ouvi falar, continuei gravando para o talk show esportivo de que participo desde a Copa 2014 no SporTV. Entrava ao vivo todos os domingos da sede da TV Globo Internacional e comentava as matérias gravadas para o ExtraOrdinários.
Assisti ao UFC de Miami, gravei imagens de gente praticando esportes excêntricos no Central Park, visitei uma academia de Parkour para comunidade carente, treinei com Renzo Gracie na academia da Rua 30. Parkour é um esporte urbano em que os praticantes usam muros, viadutos, pontes pra subir, descer, pendurar, escorregar. E, pra quem não sabe, Renzo é o atual patriarca do jiu jitsu no mundo, tendo criado um exército de lutadores na academia de três andares, em que está fixado há mais de vinte anos.
Conversei sobre dressage com a campeã e treinadora sueca, Marie Pettersson, no Riverdale Stables, Bronx, Nova York. O lugar é arborizado, colorido, aberto, amplo, tem 69 cavalos, cuja maioria é treinada para o dressage, aquela prática que a gente conhece das olimpíadas em que os cavalos parecem estar dançando. A relação estreita do homem com o cavalo data de 4000AC, alguns dizem 6000AC, mas as manobras sofisticadas de agilidade e destreza tiveram início na Grécia antiga, em Atenas, e eram praticadas com finalidade bélica. Hoje, quando a gente vê nos jogos olímpicos, cavalo/cavaleiro em perfeita harmonia, os comandos são tão sutis que a impressão é de que o animal resolveu brincar de encantar a gente por conta própria.
O Manhattan Connection convidou e lá fui eu trocar ideias com os rapazes sabidos, inteligentes e divertidos. Foi ao ar no domingo 05/09 pela Globonews.
Às margens do Rio Hudson, gravei um papo com Pedro Andrade. Ele que é fixo do Manhattan, esteve comigo no Extra Ordinários, e eu, fixa do EO, estive com ele no MC.
Pedro Andrade armou tudo e fomos, Lucas Mendes, ele e eu à Bowery Ballroom assistir The Hot Sardines, o grupo de jazz mais inovador da atualidade. E a Bowery é uma casa de shows pra feras que ainda não estouraram completamente mas que vão estourar em breve. Amy Whinehouse performou lá quando começava. Depois também.
No final de semana 26/07 fui de balsa para o Brooklyn conhecer o Jardim botânico e visitar o museu que apresentava uma expo especial da obra de Michel Basquiat. Visitei a cobertura do Metropolitan, a piscina do Lincoln Center.
Assisti no Madison Square Garden o último dia da turnê do U2 Innocence and Experience Tour NYC que agora vai correr o mundo. Além da música perfeitamente executada, da interação com a plateia, do rapaz que subiu no palco e cantou com Bono, tinha imensos painéis suspensos com um corredor no meio por onde os músicos andavam dando a impressão de caminharem por dentro das imagens projetadas. Arrebatador!
Almocei com a extraordinária Françoise Gilot no restaurante do Chef Daniel Boulud (NY). Aos 21 ela se casou com Picasso, 61, de quem foi musa e companheira por dez anos. Foi também a única de suas mulheres a largá-lo, levando junto os dois filhos, Paloma e Claude. Mais tarde casou-se com Jonas Salk, o pesquisador virologista que desenvolveu a vacina contra pólio. Que mulher! Noventa e três anos testemunhando uma época que vai se diluindo. Noventa e três anos no convívio íntimo com gente que moldou nosso mundo. Sobre Simone de Beauvoir, ela disse en passant, "cette femme méchante". Ai que delícia! Mais tarde, já em sua casa, Françoise mostrou seus quadros atuais. Além de pintora Françoise é escritora, com alguns best sellers, e está para lançar o próximo romance nos próximos meses (possivelmente setembro, outubro de 2015). Apesar de francesa escreve em inglês, diz que é uma língua mais própria a seu temperamento; o francês exige voltas e firulas de que o inglês pode prescindir. De fato, inglês é um idioma mais amigo de quem gosta da concisão.
Flanei pelas galerias de arte do Chelsea. Em Doosan Gallery New York, havia uma mostra do coreano Jung Uk Yang's. Entrei por acaso e eram umas engenhocas mecânicas lindas com uma super ideia por base. Vi pinturas do chileno Frederico Infante na Bertrand Delacroix, junto com as esculturas de Beth Carter, também na Bertrand Delacroix. A Luhring Augustine Gallery expunha só artistas brasileiros, Amilcars, Antonios, Miras, Helios, Jacs, Tungas, entre outros. Na Rua 25 do lado de fora de uma oficina de carros um mural de nosso super Kobra. O mecânico dentro da loja contou que há poucos anos Kobra passou ali, pediu pra usar a parede, o dono não quis. Kobra voltou no dia seguinte com um esquete do que pretendia, o dono topou. Dono sortudo!
Na Broadway assisti à ópera-rap Hamilton. O que me afasta do hip-hop em geral, além da repetição rítmica, tem a ver com as letras. Mas aqui o conteúdo era histórico, retoricamente interessante, denso e divertido ao mesmo tempo: uma cascata de palavras e rimas que faziam a gente refletir e vibrar. Trata de um imigrante órfão e pé de chinelo que virou o braço direito de George Washington, e nisso, moldou a nação americana. Hamilton muda a forma de se fazer musical. E teatro. Sem falar que George Washington é interpretado por um ator negro.
A Barnes Foundation fica a uma hora e vinte de Nova York. Pega-se um trem e desce-se na Filadélfia. Quinze minutos a pé e você está dentro da coleção. Tem mais Renoirs do que o Louvre, mais Cezannes! Tem Matisses monumentais criados por encomenda. Tem arte de toda as épocas e estilos. Mas o que encanta e enche os olhos é o jeito que o Albert Barnes dispôs suas obras, misturando mobília de inspiração holandesa, com potes indígenas, pinturas modernistas estupendas com ferragens trabalhadas, espelhos de portas, maçanetas... tudo dentro de uma obsseção simétrica muito louca. Deslumbrante! Tudo espalhado por ambientes de tamanhos diversos, em paredes forradas de arte e banhadas de luz natural que nos chega por janelas de 5 metros de altura. Programa indispensável. Recomendo o filme The Art of the Steal para quem quiser saber sobre a incrível experiencia do médico colecionador Albert Barnes.
Jul/Ago/Set/2015.