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Amma - Uma celebração de Alegria
Revista TPM - SET/2007
 

Há uma tendência nos céticos e intelectualizados, de considerar o interesse por filosofias espirituais alternativas, coisa de gente ingênua e abobalhada. A mim parece o contrário.

Tendo sido criada dentro do ateísmo convicto, fui conhecer o mundo alem da razão quando a razão ficou pequena para explicar o mundo. Logo percebi q para lá do dois mais dois são quatro havia uma inteligência superior que dava sentido ao mistério sem que eu precisasse subjugá-lo enquadrando-o no meu patiozinho de saberes. Podia experimentá-lo, percebê-lo, e penetrá-lo, contanto que conseguisse debelar o medo que todos sentimos diante da imensidão desconhecida. Um dia compreendi que não se morre disso, e mergulhei. Meu mergulho foi fundo, foi denso, e foi bom. Nadei oceanos, rompi os diques de minhas represas, caminhei por tempestades de areia. Depois sentada sobre as dunas que se formaram, lá do alto, presenciei belezas transcendentais. Milagres aconteceram. Vi, como estou vendo o computador à minha frente, coisas que não se vêem normalmente, pq no estado habitual da consciência, essas realidades não se encontram perceptíveis, apesar de estarem ali para serem vistas. Isso, evidentemente, é papo pra quem gosta de física quântica, ou para quem já vislumbrou minimamente outras verdades menos corriqueiras q a do 'correr atrás pra se dar bem'.

Se vc é um destes, tvz não saiba ainda e goste de saber, que existe uma mestra - viva - cujo simples toque pode iluminar o rumo de sua existência.

O nome dela é Amma e seu toque é de amor. Amor incondicional. Através de singelo abraço Amma abençoa milhares de discípulos espalhados pelo mundo. Chega a abraçar por 30 hrs sem comer, sem beber água, sem ir ao banheiro, e cada enlace seu é uma experiência pessoal apesar de acontecer na multidão. Ammachi é uma mulher simples nascida numa pequena aldeia do sul da Índia. Ouvi falar dela pela primeira vez há dez anos, e quando há tempos numa viagem pelo estado do Kerala, avistei o nome de sua cidade em uma placa de estrada, desviei imediatamente minha rota e apontei para o ashram onde a mestra vive com seus seguidores e devotos. Acontece que justo naquele dia Amma não saiu do quarto pq preparava-se para uma longa turnê na manhã seguinte e só fui estar com ela frente a frente há semanas num encontro público, na minha cidade do Rio de Janeiro. Pude então confirmar o q já supunha: a grandeza da Mãe, como a chamam, não é evidente para os que buscam compreendê-la, Amma é para ser experimentada numa dimensão mais sublime. Não tendo inventado nada (pra que?), sua forma de devoção vem do hinduismo, que reconhece todas as crenças, aceitando profetas e mestres de outras religiões. Ao contrário do guru Osho, por exemplo - que foi um gênio de conhecimento, tendo lido milhares de livros e criado uma prática totalmente inovadora (e polêmica) para a aproximação com o divino - os caminhos propostos por Amma não passam pela razão, mas ao largo dela. Amma é puro amor: um amor concreto cuja obra assistencial é maior que a do multimilionário Papa, e ao contrário da religião católica - cheia de restrições e sofrimento - Amma é aceitação, é canção e é riso.

Estar com Amma é a celebração de uma imensa Alegria.