Em março, o filme Onde andará Dulce Veiga? é exibido no V Prêmio Fiesp/Sesi do Cinema Paulista e concorre em todas as categorias, inclusive na de Melhor Atriz. No mês seguinte, a peça As meninas começa a ser ensaiada. "Não quero ainda falar nada pra não estragar. Apenas, admito que tenho chorado rios de emoção. E não sou a única, quem passa por lá chora e ri e chora".
Em maio, segue lançando Uma vida inventada enquanto palestra pelo Brasil. Passa por Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Produz As Meninas e envolve-se na assistência de direção da peça dirigida por Amir Haddad. Em junho, viaja para Barcelona, na Espanha, a lazer, porque ninguém é de ferro!
Ainda no mês de junho, recebe um convite de Glória Perez para entrar na novela Caminho das Índias. Maitê interpreta Nanda, uma mulher rica que sofre um golpe de Mike (Odilon Wagner), comparsa da vilã Yvone (Letícia Sabatella).
Em 3 de julho, estreia a peça As meninas, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro. No elenco Analu Prestes, Clarisse Derzié Luz, Sara Antunes, Patrícia Pinho e Vanessa Gerbelli. A história da peça se passa durante um velório triste e alegre, sem limites entre a vida e a morte, em que duas meninas falam de assuntos que os bons modos adultos, normalmente mandam calar.
Em setembro grava o último capítulo de Caminho das Índias, e, num lance inusitado, leiloa o megahair de sua personagem Nanda, revertendo a renda para o Centro Infantil Boldrini, maior referência do país em tratamento de crianças com câncer. Maitê vai a Campinas e faz a doação pessoalmente. Ainda em setembro é homenageada pelo festival de Curta de Santos (cinema) com discursos dos amigos Ney Latorraca e Guilherme de Almeida Prado. Grava reportagem no presídio Talavera Bruce e exibe no Saia Justa assim como no programa de Ana Maria Braga.
A peça As Meninas estreia em Campinas - São Paulo, onde Maitê reencontra amigos de infância. Em seguida o espetáculo volta ao Rio de Janeiro para nova temporada que se estende até o final do ano.
Viagens de lazer: em outubro para o Tahiti e na virada do ano para St Barthes no Caribe.
De St Barthes retorna direto para gravações de Passione em São Paulo, novela de Silvio de Abreu, dirigida por Denise Saraceni. A trama (rede Globo) tem como pano de fundo Itália e o Brasil. Stela, personagem de Maitê, é uma mulher elegante, sofisticada casada com um homem frustrado e violento, mãe de 3 filhos, tem vida dupla com escapadas à Belle de Jour.
Passa aniversário cercada de amigos em Nova York, visita exposições, vai a peças de teatro, restaurantes, bate perna como qualquer mulher.
Em fevereiro continua gravando Passione e o programa Saia Justa do GNT.
Começando o mês de março, é liberada pelas emissoras e viaja para o Haiti, a fim de ajudar vítimas do terremoto que destruiu o país. Auxilia a ONG Os Expedicionários da Saúde composta de médicos voluntários de diversas especialidades, e que foi concebida por Ricardo Affonso Ferreira, o namorado de adolescência com quem viajou o mundo.
Em 12 de março a peça de sua autoria As Meninas, estréia em São Paulo com esplêndidas críticas de todos os jornais relevantes, recebendo da revista Veja, por exemplo, sua cotação máxima. Em abril a APTR Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro premia a peça em 3 categorias:
Em função do êxito de sua personagem em Passione Maitê faz ensaios e dá entrevistas para sites, jornais e revistas diversas: Moda Moldes, Boa Forma, Bárbara, Isto É Gente, Manequim, entre outras, são muitas às dúvidas e questões que os fãs enviam, inclusive, para este site: vão da marca do esmalte de seu personagem à indagações filosóficas e existenciais.
Ano reservado para os estudos, criação, reflexão e viagens.
Abre o ano no Caribe.
Nos dias de carnaval faz curso na Escola de Artes Visuais do Parque Lage com Charles Watson, sobre o processo criativo de figuras iminentes. Este além de abordar o universo das artes, investiga temas científicos, física, matemática e filosofia.
À convite da Casa do Saber do Rio de Janeiro ministra um ciclo de conversas intituladas Atores, Além da Cena – um projeto intimista, onde debatem-se os medos, angústias, alegrias e dores do sucesso, paixões, com perguntas elaboradas por Maitê abordando o que não é usualmente tratado na mídia. A cada noite de março, um convidado diferente:
No mesmo mês mergulha nas artes contemporâneas de Inhotim - Brumadinho/Minas Gerais. Ao voltar, escreve para o site.
Ainda em março, participa em São Paulo do movimento Bem Querer Mulher, contra a violência doméstica.
Abril foi a vez de México e Nova Iorque para continuidade dos estudos das artes conceituais. No México visita galerias de arte contemporânea, museus e sítios arqueológicos dentro e fora da capital. Em Nova Iorque o interesse estava nas arquiteturas despojadas, design de móveis, galerias, lojas e utensílios, já que de casa nova, busca novidades.
No mês de maio refugia-se na Serra da Mantiqueira em Ibitipoca, uma reserva florestal com grutas, montanhas e cachoeiras própria para leitura, os estudos, e os esportes.
Em São Paulo visita a SP Arte, feira com artistas plásticos contemporâneos de diversos países. No final do mês, participa do Conta Corrente, da Globonews, falando sobre a beleza e as finanças.
Em junho começa a escrever crônicas para o site de Jorge Forbes, psicanalista lacaniano. O site se encerra por problemas internos.
Maitê parte para Veneza e Londres, ainda em busca das artes contemporâneas. Ao voltar, encontra bela homenagem de seus fãs: uma página no site vimeo com vídeos de trabalhos feitos por ela, chamado Canal Maitê (www.vimeo.com/canalmaite).
Dia 24 de julho vai ao teatro assistir ao grupo português Mundo Improviso. A proposta é que a platéia sugira uma palavra ou frase e o grupo improvisa sobre o tema. Ela os desafia com a frase ‘É duro ser cabra na Etiópia’ e, para sua surpresa, eles fazem bonito, utilizando técnicas de improviso engraçadas e inteligentes.
Reutiliza então sua própria frase como título de uma crônica para o site de Jorge Forbes. Dá samba. Tem a idéia do livro É duro ser cabra na Etiópia a ser escrito principalmente com textos de anônimos. É duro ser cabra na Etiópia será escrito com a colaboração de textos de autores carimbados mas, a grande maioria, será de gente desconhecidas. Eles enviam seus textos e Maitê faz a seleção dos que utilizará para compor a obra. Regra principal para ser escolhido: ter humor, de qualquer natureza.
Em agosto faz uma palestra na Biblioteca Nacional sobre a mulher na escrita. Neste mês, o livro coletivo é aberto para os internautas enviarem seus textos. Quem abre a página do novo projeto são Carlos Heitor Cony e Clarice Niskier, seguem-nos mais de 1400 autores de todo país.
Em outubro viaja para Angra, onde continua trabalhando na produção do livro coletivo, selecionando e editando textos.
Paralelamente escreve uma peça de teatro, com nome À beira do abismo me cresceram asas. Será encenada em 2012 com participações de Maitê no elenco. Está em produção.
O livro É duro ser cabra na Etiópia fecha o envio de textos dia 12 de novembro. Neste mesmo mês Maitê se reúne com fãs no restaurante Pergola, dentro do Copacabana Palace, do Rio - descreve o encontro como amoroso, emocionante, generoso, suave.
No final de novembro passa uma temporada em Nova Iorque com seu grupo de estudos. Quando retorna, comunica que fará a mulher do coronel, interpretado por Antônio Fagundes, no remake da novela Gabriela, exibida às 22h na rede Globo com estréia em 2012.
O "Cabra" está sendo montado com intervenções da Maitê. O livro terá também um aspecto gráfico, e, em breve este site se abrirá para receber ilustrações, fotos, desenhos de anônimos, qualquer boa ideia de humor gráfico. Um destes trabalhos será escolhido para figurar na capa do livro e outros poderão constar do interior. Precisam ser autênticos e conter o espírito da proposta.
Passa o réveillon em seu apartamento de Copacabana. Abre o ano com passeios pela Maravilhosa e mergulhos no mar.
Segunda semana de janeiro viaja para Trancoso, sul da Bahia. Hospeda-se na Pousada Tangará da amiga Sônia Prado. Continua trabalhando no livro É Duro Ser Cabra na Etiópia que será lançado pela editora Nova Fronteira.
Ao voltar, começam as reuniões para o remake da novela Gabriela (Globo), com estreia marcada para 18 de junho. Os atores fazem aulas de prosódia para afinar o sotaque, há leituras de textos e palestras como a da historiadora Lilá Brichta sobre a história de Ilhéus. Maitê interpretará Sinhazinha, esposa do coronel Jesuíno Mendonça vivido por José Wilker. Sua personagem é tímida, beata, devota de São Sebastião, se apaixona pelo Dr. Osmundo Pimentel, jovem dentista, interpretado por Erik Marmo. Com ele Sinhazinha descobre o verdadeiro amor.
Começa a segunda etapa de É Duro Ser Cabra na Etiópia, com a seleção de imagens, desenhos, fotografias, caricaturas, grafismos, enviadas por internautas para a capa e páginas internas do livro. O conjunto terá aproximadamente 150 textos intercalados com as imagens aprovadas por Maitê.
Encerra a versão para o inglês da peça As Meninas.
Coloca o ponto final em outra peça, À Beira do Abismo me Cresceram Asas.
Participa do filme Primeiro Dia de um Ano Qualquer de Domingos de Oliveira, rodado, inteiramente, em sua casa de campo, durante o carnaval. Veja as fotos e o trailer do filme.
No Festival da Mantiqueira, em São Francisco Xavier, participa de mesa redonda sobre a mulher na escrita ao longo dos tempos. Além de Maitê, tomam parte da mesa mediada por Cadão Volpato, Tatiana Levy Salem e Carola Saavedra.
Em 7 de Agosto morre Sinhazinha Mendonça, ao ser flagrada pelo marido no leito de amor. Maitê se despede da trama de Gabriela.
Ao término das gravações, em 18 de Julho, Maitê parte para a Alemanha. A viagem começa em Bayreuth, norte da Baviera, assistindo a ensaios gerais de quatro óperas de Wagner. São uma a cada noite. Maitê está acompanhada dos amigos Vittorio Rossi e Ivaldo Bertazzo.
Paul, amigo de adolescência, se junta ao grupo no último dia. Com Paul ela segue para Kassel onde acontece a feira internacional de arte contemporânea Documenta. Dali, seguem em passeios de bike pela região do Rio Mosel, com pernoites num monastério budista da linha de Tich Nchat Hanh.
Matérias jornalísticas:
No final de Janeiro é entrevistada para o Jornal em Pauta, da Globonews.
Em Fevereiro faz ensaio fotográfico em Foz do Iguaçu para a revista Contigo.
Abril concede entrevista ao Jornal El Nuevo Herald, de Miami.
Julho, fala sobre sua personagem em Gabriela – a Sinhazinha – em entrevista à Globo.com.
Agosto, o Jornal Extra e revista Quem, a entrevistam.
Escreve três crônicas para revista Daslu:
Não se pode dormir tranquila, (Maio)
A faxina que salva (Agosto)
À beira do abismo me cresceram asas (Dezembro)
As férias de fim de ano aconteceram em uma linda casa na vila de José Inácio, refúgio da costa do Uruguai a 45 km de Punta del Este, península discreta com 800 metros de largura e 2 km de comprimento, lugar perfeito para relaxar, respirar, pausar, de frente pro mar, em contato com a natureza.
Início de janeiro começam os ensaios da peça "À beira do abismo me cresceram asas" de sua autoria, baseada em pesquisa de Fernando Duarte. Além de escrever e atuar, Maitê dirige o espetáculo em parceria com Clarice Niskier, e supervisão de Amir Haddad. Sua companheira de palco é Clarisse Derzié Luz.
A estreia acontece dia 8 de março, no Teatro do Leblon, Rio de Janeiro, onde fica até maio.
Em cena, a casa de repouso vira cenário para duas senhoras. Teresinha (Maitê), de 86 anos, que com seu temperamento poético, carrancudo e encantador, faz a plateia se emocionar e refletir sobre as diversas fases da vida, enquanto Valdina (Clarisse), aos 80 anos, esconde um grande segredo, mas, toca a vida com otimismo e muita alegria, reforçando o aspecto cômico e extrovertido da peça. Em comum, elas têm a praticidade dos que aprenderam a simplificar a vida, já que não há tempo para complicá-la.
– As duas vivem há décadas no mesmo asilo e criaram uma relação muito intensa. Uma complementa a outra. E elas chegaram a um ponto muito interessante da vida. A verdade é que quando levamos um susto e olhamos para a morte de frente, passamos a ter uma perspectiva mais justa sobre o que deve ou não ser valorizado. Hoje, eu ainda me pego às voltas com ânsias banais. Talvez daqui a uns 30 anos isso mude.
– Uma das preocupações que tivemos foi não compor a caquética, com voz de velhinha, trejeitos e outras chatices. Essas velhas teriam que vir de dentro, com toda a dignidade que pode haver em alguém que vivenciou as múltiplas etapas de uma vida. Esse é um momento em que se tem autoridade para ser como se é, sem as cerimônias e concessões que normalmente são feitas, supostamente, para um melhor convívio social. Pareceu interessante criar personagens a partir deste estado, quando parentes não estão por perto e o que sobra são os pensamentos, as memórias e amizades verdadeiras. É um bom terreno para expor o que eu penso hoje.
Terezinha: "O que você vê quando olha pra mim? Uma velha rabugenta e reclamona? Eu não sou o que você está olhando. Eu sou aquilo que está dentro do que você está olhando. E o que eu converso com você vem de lá, eu sou o lado avesso da velha que você vê.
Maitê e Clarisse saem em turnê pelo Brasil.
Primeira parada, Salvador - dias 18 e 19/05 Teatro SESC, Casa do Comércio.
Dias 24 e 25 de maio São Luis do Maranhão Teatro Arthur Azevedo.
Estando no nordeste, viaja em companhia de Clarisse e Nina, filha de Clarisse, para Lençóis Maranhenses.
Junho é a vez do Theatro São Pedro em Porto Alegre, Teatro Fernanda Montenegro em Curitiba, e, por fim, o Teatro FAAP em São Paulo. Devido ao sucesso de público e crítica, o espetáculo que ficaria três meses na cidade, prorroga temporada, transferindo-se para o Teatro Itália até meados de novembro.
Em novembro também "À beira do Abismo me cresceram Asas", sai em livro editado pela Giostri.
Parte-se para o nordeste com apresentações em Natal e Recife. Ali ao lado, em Olinda, "Maitê participa da Fliporto" – Festa Literária Internacional de Pernambuco – com palestra e sessão de autógrafos.
O espetáculo encerra o ano de êxitos com apresentações em Belo Horizonte e Brasília.
Lança o livro "É duro ser cabra na Etiópia" no Rio de Janeiro dia 7 de maio, na Livraria da Travessa, Leblon.
Ao término de cada sessão da peça "À beira do abismo me cresceram asas", Maitê Proença autografa o livro disponível no saguão dos teatros.
Faz uma participação no Porta dos Fundos. A brincadeira vira polêmica imediatamente.
Licença nada poética
Como esperado, o vídeo da Porta dos Fundos está 'causando'. Essa era a ideia, ora, pra fazer o de sempre não ia ter graça. Num mundo engessado por regras tolas, soterrados que estamos pelo politicamente correto, esses meninos da PDF debocham da família, do funcionalismo público, da Bíblia, do Cristo, da Kellen :-), e... da atriz consagrada.
Esta atriz pede licença a seus fãs (indignados) para uma pícola brincadeirinha.
Ah, vou confessar: É que dei pra beber! E quando gravei aquela baixaria estava sob efeito da maldita da cachaça! Pronto falei.
No decorrer do ano, é entrevistada por diversos meios de comunicação.
O filme "Primeiro dia de um ano qualquer", de Domingos de Oliveira, ganha prêmio de melhor roteiro no Festival de Gramado.
Maitê concorre como atriz e diretora de arte.
Maitê alça grandes voos nesse ano de 2014 e, de janeiro a dezembro, por todo o país, apresenta sua peça À beira do abismo me cresceram asas. Seu papel é o de uma idosa chamada Terezinha, que ao lado de sua velha amiga Valdina, interpretada por Clarisse Derzié, aprendeu a simplificar a vida, uma vez que não há tempo de complica-la. As apresentações desembarcam na Cidade Maravilhosa no primeiro semestre nos teatros Carlos Gomes, Imperator e Fashion Mall. Já na segunda parte do ano, o ritmo acelera até novembro em turnê percorrendo diversas cidades do país: Maceió, Fortaleza, Belém, Juiz de Fora, Florianópolis, Lorena, Campinas, Jundiaí e São Paulo. No fim da temporada, a obra volta ao Rio de Janeiro no Theatro Net Rio e encerra em grande estilo com casa lotada e pedidos de bis.
Se engana quem pensa que a agenda de Maitê é exclusiva dos palcos: além do longo itinerário teatral, a figura da atriz é evidenciada em outros eventos, como seu desfile na escola de samba Beija-Flor, no carnaval, e diversas entrevistas concedidas a programas de televisão, jornais e outros meios de comunicação. Nesse rico portfólio constam nomes como Sem Censura, de Leda Nagle na TV Brasil, Vídeo Show, Caldeirão do Huck, Jô Soares, Encontro com Fátima Bernardes e Mais Você, todos da Rede Globo. Maitê também ousa no outro lado da moeda: toma o posto de entrevistadora na edição de junho da Revista TPM, em que esteve frente a frente com a rainha do funk Valesca Popozuda.
"Foi curioso o convite. Pareceu-me que pretendiam colocar frente a frente as duas pontas de um mesmo bicho chamado mulher. Por isso, aceitei. Também queria entender onde estavam as diferenças e se haveria semelhanças. Sempre há um mundo recolhido atrás das aparências e ele é quase sempre mais interessante do que o outro, visível".
Link para a entrevista
Aperfeiçoando suas facetas de boa palestrante e oradora, ministra simpósios sobre seu processo criativo em peças de teatro e livros. Na pauta também está presente o tema "A vida da mulher contemporânea". O Auditório do Copacabana Praia Hotel, a convite de Ruth Niskier e o Centro Cultural Desembargador Aloysio Maria Teixeira, a Fundação Cidade das Artes/RJ e a Feira do livro de Joinville/SC foram alguns dos lugares escolhidos para a atriz soltar o verbo.
A Rádio SulAmérica Paradiso ganha uma integrante de peso em junho de 2014. No quadro Na Certa, que reúne dicas de shows, peças teatrais, filmes, exposições e eventos que acontecem no Rio de Janeiro, Maitê expõe suas opiniões e ideias sobre os temas abordados. A atração vai ao ar durante o programa A Hora do Blush, comandado pela apresentadora Selma Boiron, toda sexta-feira entre 17h e 19h.
Ainda no mês de junho, com o início da Copa do Mundo FIFA no Brasil, Maitê integra o programa Extra Ordinários do SporTV, exibido ao vivo todas as noites às 23h. Única figura feminina no elenco de comentaristas se apresenta ao lado de Xico Sá, Eduardo (Peninha) Bueno, Paulo Miklos, e dos "Cacetas" Cláudio Manoel, Beto Silva, Marcelo Madureira, Hubert Aranha e Hélio de La Peña, que se revezam na atração. Deu tão certo e a linguagem transmitida pela equipe era tão contemporânea que a emissora resolveu manter o programa em sua grade, previsto inicialmente para ficar na programação até o término do torneio, e renovou o contrato dos participantes para comentarem o campeonato Brasileiro e também os Estaduais, nas noites de domingo; a atriz, mais uma vez, mostrou-se capaz de discursar sobre qualquer tipo de assunto e angariou uma das melhores audiências do canal de esportes.
Um pouco mais para frente, em novembro, lança o livro Todo Vícios pela Ed. Record. Um romance que retrata um desencontro de amor, onde Stella e João sustentam a relação através do aplicativo WhatsApp.
"A escritora enfrenta a arte delicada de alternar as perspectivas de Stella e João, sempre com a intromissão da narradora machadiana, já pronta para desmascarar Stella e dizer que a protagonista é a própria Maitê. Não é uma narrativa opaca, de pacto mágico e cego, mas construída para o exercício vivo e permanente da curiosidade. Duvide de tudo, menos do talento da escritora para manter a tensão."
Artigo de Fabrício Carpinejar
Sobre o livro Todo Vícios
Alberto da Costa e Silva (ABL)
Augusto Nunes (revista Veja)
Maitê aceita o convite para ingressar no elenco da novela Alto Astral, escrita por Daniel Ortiz, supervisão Silvio de Abreu e direção geral de Jorge Fernando. As gravações de sua personagem Kitty começam em janeiro de 2015.
Ano em ritmo de reinvenção: Maitê passa algumas semanas em um mosteiro, a fim de aperfeiçoar seu autocontrole, meditar profundamente e mentalizar objetivos e desafios que batem em sua porta. O cenário é trocado quase que abruptamente em sua próxima parada: Nova York, onde separa alguns meses para se dedicar a estudos em assuntos específicos que deseja se aprimorar.
Ao mesmo tempo, grava matérias para o bem-humorado Extra-Ordinários, da SporTV. Um bom exemplo do trabalho documentado em solo americano é o treino com um dos maiores nomes do jiu-jitsu mundial Renzo Gracie. Em sua academia, localizada na Rua 30, o mestre faixa-preta já preparou hordas e hordas de lutadores para representarem o nome de sua família ao redor do mundo. Proença pode se considerar agora um membro desse exército e ainda brinca: "quero saber quem vai me encarar depois das aulas de luta que ele me ofereceu". Outra matéria que grava ao programa esportivo é sobre a tendência do Parkour, esporte urbano cujo princípio é mover-se de um lugar ao outro, da maneira mais rápida e eficiente possível. Impressiona ao ver os praticantes apropriando-se de muros, viadutos, pontes e quaisquer fatores externos do ambiente para locomoverem-se através da cidade. Participa também do programa Manhattan Connection, da GloboNews e troca aparições com o integrante Pedro Andrade, que a acompanha em uma matéria passeando pelas margens do Rio Hudson. E registra o encontro com a campeã e treinadora sueca, Marie Pettersson, no Riverdale Stables, Bronx, NY. Lugar arborizado, colorido, aberto e amplo, com 69 cavalos, a maioria sendo treinada para dressage, prática em que os cavalos parecem estar dançando, exibidas também pelo Extra-Ordinários.
Maitê vive na "cidade que nunca dorme" de julho a setembro, período suficiente e necessário para despertar uma gana por experiências ao ar livre e em contato com a natureza. Decide então embarcar em uma viagem de bicicleta, que atravessa a fronteira dos Estados Unidos, partindo de Vermont e chegando a Quebec, no Canadá. A pedalada dura seis dias e passa por vales e montanhas, rusticidades rurais e uma culinária local digna de ficar na memória. Ainda na estrada, mas agora já em solo brasileiro, no mês de outubro, visita Jalapão, no estado de Tocantins, onde conhece os diversos biomas que compõe a paisagem da região. Destaque para as cachoeiras e fervedouros - nascentes de água cristalina que brotam da areia -, e o povo doce e perspicaz. Logo em seguida, visita Abrolhos, na Bahia, onde une forças com a organização Conservação Internacional. A CI é um órgão que protege uma área equivalente a noventa mil campos de futebol ao redor do Arquipélago de Abrolhos e pelas ações de proteção ambiental da iniciativa, estima-se que ali se encontra a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. É também a região que mais concentra baleias Jubarte na costa brasileira.
Mas sem dúvidas, o grande furor do 2015 de Maitê Proença acontece ao vivo e em rede nacional. Recordemos uma promessa feita pela atriz, no fim de 2014, quando seu Botafogo caiu para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro: no caso do retorno da Estrela Solitária à elite do futebol nacional, ficaria nua durante a apresentação do descontraído programa da SporTV. À apenas três pontos da garantia do acesso, a torcida alvinegra já clamava pela promessa de sua musa sob o ritmo da marchinha de carnaval, criada por Carlos Montes: "Maitê, é isso aí/Se prometeu agora vai ter que cumprir". E não decepcionou: com o corpo todo ornamentado nas cores do Fogão, após a classificação para a série A, esbanjou boa forma e simpatia. Ainda em sua agenda televisiva, participou do quadro "Gente como a Gente", de Ciça Guimarães, para o Vídeo Show, e marcou presença no líder de audiência Domingão do Faustão.
Em sua carreira de atriz, em fevereiro, mostrou seu talento na novela Alto Astral, da TV Globo. Criada por Daniel Ortiz, baseada na sinopse de Andrea Maltarolli, com supervisão de texto de Silvio de Abreu, direção geral de Jorge Fernando e Frederico Mayrink, Maitê aparece na pele de Kitty, uma ex-miss ambiciosa que deixou Nova Alvorada para se dar bem na vida. A personagem é irmã mais velha da paranormal Samantha, vivida por Claudia Raia, e está envolvida no segredo da identidade da mãe da mocinha Laura, no corpo de Nathalia Dill. 2015 também abriu portas para a atriz compor o elenco da próxima novela das 11h Liberdade, Liberdade, da TV Globo e que vai ao ar em abril de 2016. Proença viverá o papel de uma mulher adúltera que pede exílio a Portugal, fugindo de sua pena em solo brasileiro e cruzando caminhos com a protagonista. A história é ambientada no início do século XIX, período em que traições e insubordinações da mulher eram consideradas como crime.
No cinema, novos desafios: ao lado de Willem Dafoe, Juan Alba, Tânia Khalill, Dan Stulbach e Gerald Thomaz, Maitê vive a personagem Débora, no filme Meu Amigo Hindu, dirigido por Hector Babenco e rodado inteiramente em inglês. A história traz o diretor de cinema Diego Fairman, interpretado por Dafoe, que está muito doente e acaba internado em um hospital na cidade de São Paulo. No mesmo quarto está um menino hindu, com quem acaba fazendo uma grande amizade. A pergunta principal que ronda a cabeça do protagonista durante o desenrolar da trama é se ele vai mudar a forma como enxerga o mundo, caso sobreviva, e o que será desse novo amigo. A atriz também tem uma participação na ficção dirigida por Carlos Gerbase chamada BIO. Trata-se da história de um homem que nasceu em 1959 e morreu em 2070, contada por pessoas que o conheceram e, de alguma maneira, contribuíram para a sua trajetória. Maitê vive a filha e médica do protagonista.
Como escritora, lança em junho, uma nova e definitiva edição da estreia literária de Proença Entre Ossos e a Escrita, agora sob o título Entre Ossos Agora. Em 2003, a autora escreveu uma coluna na revista Época. Nela, revisitava memórias, opinava sobre o Brasil e o mundo e revelava-se ao público leitor com o peito aberto. O melhor de sua produção durante esse período foi reunido e publicado em 2004. Um pouco mais de uma década depois, Maitê decide revisitar seu debute com o olhar de uma autora experiente, reconhecida pelos romances Uma vida inventada e Todo vícios, resultando em 22 novas crônicas, que se somam às 36 revistas de sua primeira publicação.