1990

Nesse momento, Maitê se aproxima da umbanda, do candomblé e, especialmente, do Santo Daime. "Meu interesse pelas religiões sempre foi algo diferente, uma curiosidade inusitada, pois fui educada de maneira muito cética em relação a tudo o que fosse místico. Não é como redescobrir Deus para quem já teve um. Gosto de investigar as religiões e para isso preciso experimentá-las sem restrições. No caso do Daime, foi um processo de compreensão e auto-conhecimento intenso e muito especial."

Maitê perde Zuza, o irmão de criação, seis meses após a morte de seu pai.

Em outubro, nasce, no Rio de Janeiro, sua filha, Maria Proença Marinho.


1992

De volta ao trabalho após 6 meses cuidando de perto da filha, faz a minissérie O Sorriso do Lagarto e a novela Felicidade, ambas na Globo.

Estava criado o par romântico com Tony Ramos, que seria repetido várias vezes depois. "Felicidade foi um trabalho com texto de Manoel Carlos, cheio de momentos primorosos, e que se tornou um grande sucesso aqui e no exterior, seguindo a trilha aberta por Dona Beija."


1993

Estreia a peça Confissões de Mulheres de 30, com direção de Domingos de Oliveira, no Rio, e sai em excursão pelo Nordeste. Ao final desse ano, monta ainda a peça em São Paulo, junto com Histórias de Nova York, de Dorothy Park, com direção de Odavias Petti. "Foi um período de reencontro com São Paulo, com a vida da cidade, o público e a noite paulistana."


1994/95

Ainda em São Paulo filma, com Vinícius Mainardi, 16060 e ganha o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília.

Retornando ao Rio, na Globo, faz par com Miguel Falabela como Heloíza, personagem de Cara & Coroa. "Ali, o encontro foi com o Miguel e também com o Victor Fasano. Este virou namorado e hoje é amigo querido."


1997

Trabalha com o diretor Daniel Filho no especial A Vida como Ela É… "Já tinha feito uma participação em Confissões de Adolescente, mas algo não ia perfeitamente bem entre nós, até que tivemos um almoço muito esclarecedor e resolvemos tudo. O trabalho foi ótimo, fácil, aprendi, definitivamente e sob sua direção, a me 'jogar no trapézio' sem redes emocionais." Participa também do filme Vox Populi, de Marcelo Lafitte, e ganha o prêmio de melhor atriz no Festival de Salvador.


1998

Nesse ano, faz mais duas participações no cinema em A Hora Mágica, de Guilherme de Almeida Prado, e Paixão Perdida, de Walter Hugo Cury.

Seu último grande personagem na televisão foi Clara, em Torre de Babel, novela de Sílvio de Abreu, novamente ao lado de Tony Ramos.


1999

Neste ano, Maitê faz a rainha da França, Ana da Bretanha, no seriado da Globo Os Três Mosqueteiros, É ainda protagonista de Tolerância, longa com direção de Carlos Gerbase, responsável por um dos curtas mais premiados da história do cinema nacional, Deus Ex-Machina (1996). O filme gira em torno de um casal e o confronto que estabelece entre seus sonhos, ideais, teorias e a realidade. Passando por situações que tocam justamente nestes pontos, como a de adultério, têm sua tolerância "esticada" e acabam por perceber que talvez sejam menos "civilizados" do que gostariam. É mais uma das ousadias de Maitê, e o filme, como era de se esperar, tem ótima repercussão. Participa também este ano estrelando a novela Vila Madalena, na Globo e ainda tem fôlego para mais um filme Bufo & Spallanzani, baseado na obra de Rubem Fonseca.